
Ouro Preto antiga Vila Rica, descoberta em 1696, começou a se expandir a partir de 1701 quando começou a chamada “procura do ouro”. A coroa portuguesa tem os chamados “bandeirantes” que tinham como objetivo viajar todo o território que na época era colônia de Portugal e descobrir minério, ou seja, preciosidade. Esses bandeirantes se dividiram em grupos e um desses grupos passou por um terreno muito acidentado, mata fechada, por esse motivo não tinham como se locomover, e alguns dos índios que habitavam a região serviram de guia para esses bandeirantes. Um deles, ao colocar a mão para se lavar no Ribeirão Tripuí, percebe uma “areia preta” que seria o minério e percebe a pepita de ouro que vai ser mandada para Portugal, onde vão fazer análises para descobrir o valor dessa pepita. Ao descobrir que essa pepita valia muito, deram ordem aos bandeirantes para que voltassem aonde tinham-na achado, começando assim a exploração do ouro. Ao voltarem , lembraram que não tinham ponto de referência, uma vez que Minas Gerais era fechado.
O único ponto de referência que tinham era o Pico do Itacolomi.
Mas a dedicação exclusiva à mineração leva a uma deficiência na provisão de comida para os mineradores e bandeirantes estabelecidos na região, o que retarda um pouco o desenvolvimento do arraial. Porém, como o ouro brotava fácil daquelas terras, logo o entorno do Itacolomi recebe tantos forasteiros que a situação provoca uma guerra entre forasteiros e paulistas (que controlavam a maior parte da exploração aurífera): a Guerra dos Emboabas, que começou em 1708 e durou até o ano seguinte e teve como vitoriosos os forasteiros que, liderados por Manuel Antunes Viana permaneceram na região. Em 1788,fica cada vez maior a dificuldade em se retirar o ouro e os pesados impostos da Coroa criam um terreno bastante propício para o florescimento dos ideais revolucionários que pipocavam pela Europa e EUA, levando, no ano seguinte, a um dos mais expressivos movimentos políticos brasileiros, a Inconfidência Mineira. Mal lograda devido à denúncia de Joaquim Silvério dos Reis, a Inconfidência Mineira foi um importante momento da história de Ouro Preto. Como punição aos transgressores, a cabeça do principal inconfidente, Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes), é decapitada e fica exposta em Vila Rica, na praça hoje conhecida como Praça Tiradentes.
Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por dom Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Com a transferência da capital para Belo Horizonte, em 1897, a cidade perde “o bonde” do desenvolvimento que transformou a maioria das principais cidades brasileiras no século XX. O que, se por um lado, impediu que a cidade continuasse crescendo tal qual fizera no passado, por outro, permitiu que fossem preservadas suas características dos tempos áureos: seus casarões em estilo característico, as ruas e vielas estreitas, as belíssimas igrejas ornadas em ouro, as festas populares e a arte barroca tão bem expressa e preservada fizeram com que, em 1938, Ouro Preto fosse decretada como “Monumento Nacional” e depois, em 1980, tombada como “Patrimônio Cultural da Humanidade” pela Unesco. Apesar de ter a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais.Além de ser um "museu a céu aberto", a cidade tem instituições que guardam acervos variados como Museu das Reduções, Museu do Chá, Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, Museu da Inconfidência, Museu da Música, Museu Casa dos Contos, Ludo Museu, Museu do Oratório, Museu Casa Guignard, Museu de Pharmacia, Museu de Arte Sacra do Pilar, Museu Aberto Cidade Viva e Museu Aleijadinho além do Museu do Ouro, onde são encontradas divers as pedras preciosas.